sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Castelo Branco «não se recorda» de orgias


José Castelo Branco testemunhou esta sexta-feira, no Tribunal de Famalicão, num processo por violência doméstica, e disse não se recordar se eventualmente participou em orgias sexuais com um casal daquele concelho.
«Disse que não se recorda», revelou o advogado do arguido, citado pela Lusa, no final de mais uma audiência de um julgamento que decorre à porta fechada.
Aos jornalistas, Castelo Branco garantiu que pediu à juíza presidente do colectivo para a deixar ver o vídeo que no processo e em que alegadamente aparece numa orgia com o casal de Famalicão.
«Por amor de Deus, deixe-me ver as imagens, para a minha sanidade, porque eu preciso de ter a certeza se sou eu, se não sou eu, eu preciso de saber», terá dito à juíza.
Castelo Branco disse ainda que foi a tribunal «para saber o que se estava a passar», o que estavam ele e a mulher ali a fazer e qual era «o papel» deles neste caso, de que «apenas tinham sido informados pelos jornais».
Manifestou-se «cansado e exausto de tanta história, de tanta fantochada» e admitiu que poderá processar quem deu conta da sua participação nas orgias.
No banco dos réus está um homem que é acusado de violência doméstica, por alegadamente ter coagido, sob ameaça de arma, a mulher a participar em orgias sexuais violentas.
Junto ao processo está um vídeo que alegadamente comprovará que José Castelo Branco participou numa dessas orgias.
Castelo Branco admitiu que conhece o casal e sublinhou mesmo que, do que se apercebeu da relação entre marido e mulher, haveria «cumplicidade e alegria».
A defesa do arguido arrolou Castelo Branco como testemunha, para tentar provar que a alegada vítima participava nas orgias de livre e espontânea vontade.
Miguel Brochado Teixeira, advogado do arguido, requereu o visionamento do vídeo na sessão de hoje, mas o colectivo de juízes recusou.
Segundo fonte judicial, o vídeo poderá não ser aceite como meio de prova, por eventualmente ter sido gravado sem o consentimento das pessoas que nele aparecem.
Brochado Teixeira já tinha dito que as imagens comprovam '«inequivocamente» que não houve qualquer coação.
«São imagens explícitas, claras, convincentes e inequívocas, que comprovam que houve uma comparticipação de pessoas adultas que voluntariamente praticam factos da vida privada», referiu, no final de uma audiência anterior.
Já para Francisco Peixoto, advogado da alegada vítima, as imagens provam precisamente o contrário.
«Veja o vídeo e veja se minha cliente tem alguma participação espontânea naquela situação», referiu.
O arguido, que está em prisão domiciliária, com vigilância electrónica, responde por um crime de violência doméstica, que incluiu a coacção sexual, e ainda por dois crimes de detenção ilegal de arma.
Este caso foi desencadeado na sequência de uma investigação por posse ilegal de armas, durante a qual a mulher do arguido se queixou de violência doméstica.
No processo, há também fotos em que a mulher ostenta nódoas negras no corpo, que a acusação diz serem resultado das agressões do marido, mas que a defesa associa às orgias, em que haveria sessões de sadomasoquismo.

TVI24

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